Do ativista do Esporte e Cidadania, Darcio Ricca
Quero agradecer a cada atleta que representou nosso país em Paris, independente de conquista de medalha, sobretudo pela força do Esporte e da Cidadania enaltecidos pelas mulheres, na nossa maior delegação feminina da história do Brasil, para além da equidade de gênero… subindo o sarrafo, como dizem no atletismo.
Não foram fáceis os obstáculos!
Teve rio com problemas de despoluição pouco satisfatória, mar com pouca onda, arbitragens confusas e distantes do conceito de acréscimos e de rigor, revisões de notas, julgamentos ora tardios ora sem critérios, discursos e símbolos de ódio e de supremacia, arrogâncias esportivas, pódios que não queriam ser divididos em pontuação igual, prepotências, desrespeito a adversários, provocações, xenofobia, homofobia e preconceito.
Mas, teve sim muita coisa linda de se ver, sentir, torcer e aplaudir… muita, mesmo!
De todos os países e delegações, das pessoas nas ruas e do Amor na cidade Amor!
E nossa brasilidade foi olímpica, a nação campeã de simpatia e sorriso!
Porque teve Flavia Saraiva, Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Julia Soares nos arcos olímpicos.
Teve Rayssa Leal em todas as finais do futebol e do vôlei femininos.
Teve Ana Sátila lutando, remando e sempre com uma prova a cada dia.
Teve estrategistas e sensíveis treinadores de esportes coletivos femininos como José Roberto Guimarães (o nosso Zé das Medalhas, o avô menino) e a revelação Arthur Elias.
A equipe mista do judô em medalha inédita, liderada por Rafaela Silva.
A Pimenta de Larissa e o filho de William Lima.
A Peruíbe de ouro de Bia Souza.
O Medina mesmo sem ondas e a Tati mais brasileira do que nunca.
Os chutes do Netinho, os socos da Bia Ferreira e as manobras do Japinha.
Teve a bicampeã olímpica Thaisa, mãe das mulheres do vôlei.
A Festa do Interior da dupla Duda e Ana Patrícia.
O carisma e a consciência social dos inspiradores Piu e Isaquias.
A despedida da Rainha Marta e seu legado na prata do futuro promissor de Gabi Portilho, Lorena e grande elenco em 2027.
O Caio Bonfim com amor de mãe treinadora.
A todas e todos que chegaram e deixaram seus recados, suas marcas, suas esperanças!
A Brasilidade colaborou com a intensidade de luz na Cidade-Luz porque em termos de empatia, carinho, afeto, solidariedade, espírito esportivo, diversão, garra e luta… somos Olímpicas e Olímpicos de verdade.
ESPORTE E CIDADANIA: Quando jogam juntos, todo mundo ganha!
“O esporte precisa da cidadania para encontrar pessoas e as pessoas precisam de cidadania para ter acesso a tudo.”